quarta-feira, 30 de março de 2011

O pai que quero ser...



De vez em quando a gente para pra pensar nos acontecimentos de nossa vida. As perdas e as vitórias que nos fazem crescer, as dores que nos fortalecem, os aprendizados que nos ajudam a errar menos. Este percurso que percorremos dia a dia, seja via instinto, seja obra do acaso ou destino {dizem, cada um nasce com o seu}, por mais longo que possa parecer, é muitas vezes saboreado sem paixão, sem rubor e até mesmo sem sentido.

A nossa vida é de tal maneira valiosa que aquilo que perpassamos sem o devido aproveitamento, invariavelmente volta em nossos pensamentos para fazer com que a gente se lamente. 

Um pai que não viu o filho crescer, que não correu pra abraçá-lo quando ele deu seus primeiros passos, quando sussurrou suas primeiras palavras e que não recebeu os mais graciosos, ingênuos e sinceros gestos de amor... É bem provável que este pai, "coeteris paribus" {expressão das Ciências Econômicas para justificar um fato que independe dos demais fatores presentes} se lamente todos os dias e por toda a sua vida.

Eu, que de repente me descobri pai de primeira viagem ... ainda não sei bem que pai serei. É a própria vida, as experiências, o aprendizado adquirido, os passos percorridos e os sonhos alimentados é que servirão de pilares para a construção onipresente da figura de pai.

O pai que quero ser é aquele que nasce, cresce, aprende, descobre a vida com a filho. Aquele que sorri com o primeiro "mamãe", que chora com a mínima dor que seja; aquele que não dorme zelando pelo sono ou que não dorme para acompanhar a altivez da filho. O pai que quero ser é aquele que deixa o filho pela primeira vez na escolinha e fica o resto do dia com o coração partido. Que joga bola ou brinca de esconde, não por obrigação, mas por prazer de se fazer mais presente, agradecendo a todo instante o presente recebido.

E quando o futuro chegar, quero olhar para o céu e dizer com orgulho: _ Eu fiz a minha parte. Saboreei dos momentos com paixão, ruborizado e {até} com {excesso de} sentimento. Aprendi muito e junto. Cresci. Descobri. Vivi intensamente...
Tentei incansavelmente construir, no verdadeiro sentido da vida {família}, O PAI QUE QUERO SER.

Marcelo Vieira


Um comentário:

Mariana - viciados em colo disse...

marcelo,
realmente é muito interessante ler um blog sobre mater/paternidade escrito por um homem! parabéns pela sua sensibilidade, deste jeito você será um excelente pai: o do tipo participante (aquele que toma parte de tudo). parabéns!

ah, obrigada pelo comentário lá no post e (please) aquilo lá não é um manual não (rsrsrsrsrs), são apenas as decisões e atitudes que eu e o pai tomamos com base nas nossas teorias e experiências... servem para nós! aliás, detesto manuais! (rsrsrssr)

abraços

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