quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Teste reduz a incidência de parto prematuro

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo realizou um estudo inédito na Maternidade Estadual Interlagos. Nele, 63 gestantes, que apresentavam um alto risco de parto prematuro por diferentes motivos, realizaram o Teste Fibronectina Fetal, que detecta a presença, no conteúdo vaginal, de uma substância chamada fibronectina fetal. A fibronectina fetal é uma proteína produzida durante a gestação e que funciona como um adesivo entre as membranas fetais e o útero. 

A fibronectina pode ser detectada através de um teste simples, indolor e não invasivo, na vagina ou no colo do útero. Em condições normais, após 22 semanas de gestação não se detecta a fibronectina. Quando a gestante apresenta sintomas de ameaça de trabalho de parto prematuro como contrações, sensação de peso em baixo ventre, sangramento ou perda de líquido pela vagina e dores tipo cólica menstrual e sem dilatação significativa do colo do útero; o teste para detecção da fibronectina fetal nas secreções vaginais e do colo do útero ajuda a identificar a mulher que tem maior risco de dar à luz prematuramente. 

O teste é realizado através da introdução de um cotonete na vagina para coletar a secreção cérvico-vaginal. Esta secreção é analisada para presença ou ausência de fibronectina e o resultado é conhecido em poucos instantes.



O Teste de Fibronectina Fetal reduz, em caso de resultado negativo, para menos de 1% as chances de parto nas duas semanas seguintes a sua realização, quando aplicado junto ao exame de ultrassom. Segundo os resultados, 14% das gestantes apresentaram resultado positivo, o que indicava a iminência de trabalho de parto. Para estas mulheres, foi indicada a internação e os bebês nasceram, em média, 11 dias após o exame. Para o restante, os 86% que apresentaram resultado positivo, o parto aconteceu 20 dias após o teste. 

Assim, evidencia-se que nas mulheres que apresentaram resultado do teste positivo, o risco de parto prematuro é maior e nas mulheres com teste negativo esse risco é muito menor e com grande probabilidade da gravidez durar pelo menos mais uma ou duas semanas. Ou seja, a realização do teste permite tranqüilizar as mulheres com sintomas de ameaça de parto prematuro e evitar internações e medicações desnecessárias. A utilidade do teste é evitar que as gestantes sintomáticas passem por internações ou intervenções desnecessárias, pois mesmo com alguns sintomas, elas não correm o risco de darem à luz naquele momento. Outro benefício do teste é ajudar a diminuir o número de partos prematuros que, só no primeiro semestre de 2010, correspondeu a cerca de 10% do número total de partos realizados no Hospital e Maternidade Interlagos. Com isso, além de reduzir os custos com internações, é possível conseguir o mais importante que é reduzir os riscos de mortalidade neonatal provocado por prematuridade.
Abraços Paternos!

Fonte: http://www.immf.med.br
http://www.google.images.com
http://revistapaisefilhos.com.br
http://www.criticaresaude.com.br

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